:: Barbara Riegler ::

Esse blog vai mostrar um pouco mais sobre mim! Sobre as minhas aventuras...

FREE COMPANION

Free Companionship é o nome dado a uma uniao de um Master com uma Mulher Livre em Gor. É um compromisso muito parecido com o casamento, mas este deve ser renovado anualmente. O Primeiro exemplo deste tipo de união nos livros é a de Tarl e Talena. A Mulher Livre tem o privilégio de dormir na cama de seu companheiro, mas sabendo que ao pé da cama permanece um anel de escrava (circulo de aço) ao qual ela pode ser presa e ser obrigada a passar a noite no chao, caso faça algo de errado.

“Em todas as mulheres” ela disse “tem um pouco de companheira livre e um pouco de escrava.”

(Priest Kings of Gor)

Caso a esposa seja adepta da filosofia goreana mas, por qualquer motivo ela não deseje ou não esteja pronta para ser uma kajira, e caso seu marido esteja de acordo, existe a posição de “free companion” que é a versão goreana da esposa. A free companion tem os mesmo direitos de uma mulher livre na relação com todos os outros goreanos embora deva a servidão de uma kajira exclusivamente ao seu marido (que também é chamado de free companion). Eu, pessoalmente, acho que seria ideal que a esposa fosse primeiro treinada como kajira e pois, quando fosse a hora ser tornada free companion.
Assim, caso a esposa venha a ser kajira de seu marido ela deve sim passar por um treinamento que deverá ser adaptado em diversos sentidos uma vez que eles já contam com uma grande vivência e conhecimento mútuo e grande parte do treinamento tem por objetivo levar a kajira a aprender a satisfazer seu Dono.

TIPOS DE KAJIRA

babarian – Escravas de regiões periféricas das cidades, ou da terra, chamadas assim por não terem a formação e a cultura típica das kajiras.

bath girls – Escravas de banhos públicos, estão la pra dar prazer aos homens na hora do banho são excelentes nadadoras usam apenas toalhas e nada por baixo, andam com uma placa pendurada marcando o seu nome e preço.

below deck girls – Escravas aprisionadas abaixo do convés dos navios, são mantidas nos porões dos navios em celas e por conta da infestação de piolhos todos os pelos do seu corpo são raspados.

Bond-maid: Sinônimo de kajira usado em Torvaldsland.

chamber slave- São propriedade dos Priest kings, ficam em quartos e lá permanecem sem poderem sair servindo apenas as pessoas livres que estiverem nessas quartos.

city girl- Escravas de qualquer cidade , são usadas para serviço doméstico

coin girl- São escravas enviadas as ruas como prostitutas pra ganhar dinheiro pra seu mestre em troca de favores sexuais.

display girl: Escrava de grande beleza, cuja finalidade principal é a exibição de sua beleza para refletir o poder do seu mestre.

exotic slave- escrava exótica, com alguma característica especial para satisfazer fetiches específicos.

field slave – escravos, geralmente homens, que trabalham ao ar livre geralmente pegando madeira ou agua.

first girl- Escravas nomeadas pelo Mestre para supervisionar outras geralmente mais jovens ou menos experientes, são chamadas de Mistress e têm total autoridade sobre as outras escravas .

flute girl- Escrava treinada na arte da musica mais especificamente na flauta dupla.

house girl- Escrava usada somente dentro da residência. Seu uso pode ser sexual ou para fezes serves domésticos.

kettle slave- Escravas da cozinha, sua tarefa é cozinhar pra todos e executar serviços domésticos.

last girl- ultima escrava, escrava de menos valor da casa.

luck girl- Escrava menina que atua como mascote a bordo de um navio. Sua utilização é normalmente reservado para o capitão do navio.

lure girl- Escrava que é usada como atrativo para distrair os homens enquanto seus Mestres atacam.

Mul- Escravos dos Priest Kings.

passion slave - Escrava que foi criada, através de seleção genética para apresentar beleza excepcional.

personal serving slave- Escravos que são usados pra enviar recados ou tomar conta dos pertences pessoais do Mestre.

pierced ear girl- Escravas que têm a orelha furada. Isso é um sinal de que nunca serão libertadas.

pleasure slave- escravas usadas somente para o prazer sexual do Mestre.

scribe slave - Escravas usadas pra fazer as escrituras importantes, estão um pouco acima das outras por saberem ler e escrever mas podem fazem todo o serviço domestico como outras kajiras.

self contract limited slave – Mulher livre que faz um contrato pra servir como escrava para uma experiência por um prazo determinado de uma noite ou um ano. Seu contrato deve especificar a data da rescisão.

side block girl – Escrava vendida por preço fixo ao invéz do habitual leilão.

stable girl – Escrava posta a serviço sexual dos escravos homens para mantê-los sob controle.

state girl- Escrava do estado , escrava que serve pra varias funções desde domesticas ate sexuais mas que pertencem, em geral, ao conselho da cidade.

tavern slave- Escravas cuja a função é servir os homens nas tavernas

tower slave- O mesmo que house girl.

work slave- Categoria de escravos de serviço que geralmente não são usados sexualmente, são considerados escravos de nível inferior

kajirus - Escravos masculinos

fighting slaves- Escravos masculinos usados nos combates , aprendem o uso de algumas poucas armas e são usados em batalhas ou jogos.

seducion slaves - Escravos masculinos que atraem mulheres livres pra serem capturadas. Pela lei por estarem com um escravo a mulher livre esta se preparando pra ser escrava.

Esta lista não é exaustiva mas dá uma boa idéia da variedade de tipos de escravas nos livro de Gor. Certamente nem todos os tipo de kajiras descritos nos livros existem na vida real. Entretanto isso é, é claro, dependente da soberania e do bom senso de cada Master e adaptações são certamente necessárias.
Na minha casa, por exemplo, existe a possibilidade de uma kajira receber algum título. Enquanto uns são consideradas como posições de reconhecimento que requerem treinamento especial, pelo menos um é um título de punição.
Entre os título possíveis de destaque estão: First girl, display girl, personal serving slave, entre outras. Mesmo assim o sentido de cada título é adaptado para a minha própria leitura da aplicação da filosofia goreana.
Cabe um comentário final, pelo menos em minha casa nenhuma kajira recebe o título de pleasure slave uma vez que isso é esperado de todas as minhas kajiras.

MULHERES LIVRES EM GOR

A primeira base do Goreanismo é que existem papeis naturais e que o papel de dominar é masculino.
Não é de se esperar que uma Domme creia que dominar não é papel masculino e por isso ela, por definição, não será goreana.

Ser goreano envolve crer nisso. E por oposição não se pode ser goreano sem, pensar assim. Note que essa postura não diz em nem poderia dizer que não existem ou que não deveriam existir Dommes, nem tão pouco que os Goreanos não respeitem as Dommes. Pelo contrário os Goreanos devem respeitar qualquer um que seja fiel a sua própria crença e verdade.
Finalmente eu costumo citar sempre esse exemplo a respeito de GOR e Dommes.
“Um palmerense nunca poderia ser membro da Gaviões da Fiel (torcida corintiana) e isso não é preconceito nem de uma parte nem da outra, é somente que a torcida de um time é a reunião de pessoas que torcem para esse time e não para outro.
Isso não impede que palmerences e corintianos civilizados não possam ser grandes amigos e sentarem à mesma mesa para comentar o ultimo jogo.”

Já tivemos amigas Dommes convidadas a participar de eventos Goreanos e elas foram muito bem vindas, respeitadas e tratadas como mulheres livres em GOR e, devo dizer, se portaram exemplarmente.

A filosofia goreana crê que dominar é papel masculino e submeter-se é papel feminino. Se isso for machismo então somos machistas.
Mas nós não vemos assim, do nosso ponto de vista Goreanos e Machistas são totalmente diferentes.
Vou citar algumas dessas diferenças:

-Os machistas não gostam da companhia das mulheres, preferem o futebol, a cerveja, o baralho, qualquer coisa menos a mulher; os goreanos preferem gastar seu tempo na companhia das suas mulheres.
-Os machistas acham que tudo que é feminino é superficial; os goreanos celebram o feminino em toda a sua beleza.
-Os machistas proíbem suas mulheres de trabalhar e estudar, ou pelo menos tentam; os goreanos estimulam a inteligência, os estudos e o trabalho de suas mulheres.

******************

“Gor não é machista-Nao. Nao eh. Gor excede os conceitos de machismo e feminismo. Eh a filosofia da essencia. Se me mandassem explicar a filosofia de Gor em uma soh frase eu diria “Seja quem vc eh!”. Se um homem tem poder e essencia de dominador, esse o sera. Se uma kajira quiser e conseguir escapar do dominio do Master, essa pode tentar viver como livre pelo tempo que conseguir. O que acontece, eh que a realizacao plena estah na uniao Master e kajira. Nenhum eh completo sem o outro. Um Master eh em geral muito protetor. Os Homens Goreanos, por nao precisarem se provar, sao seres bastante emocionais, e nao tem vergonha de demonstrar esse lado (isso eh explicado em Tarnsman of Gor).

Machismo desvaloriza a mulher. Gor entende a beleza e o valor da feminilidade. Uma mulher, para ser valorizada nao precisa ocupar a posicao de dominadora. Ela pode ser completa, ter um invejavel desenvolvimento cultural e intelectual, desempenhar bem seus papeis na sociedade, sem ter que se tornar um ser asexuado. kajiras sao em geral muito bem resolvidas em sua entrega. Eh gostoso poder ser quem se eh… “ (trecho de um texto by Tavi )

Citações

Seguem algumas pequenas citações da Série Goreana:



"Beleza e inteligência são coisas boas e desejáveis, mas a melhor escrava é a que ama mais intensamente." (Magicians of Gor)

"Ela está presa pelo mais forte de todos os laços que é o do amor" (Mercenaries of Gor)

"O Master Goreano deseja mais do que a submissão da escrava, mais do que simplesmente seu corpo. O Goreano se satisfaz com nada menos do que toda a escrava. Ele irá te possuir, corpo e mente, coração e alma. Nada a menos que isso é aceitável." (Savages of Gor)

"A maioria das escravas anda orgulhosamente. Ela tem orgulho de sua escravidão. Elas aprenderam sua feminilidade. Isso as foi ensinado. Creio que elas sejam as mais verdadeiras e as mais livres das mulheres." (Tribesmen of Gor)

"Mais real que a lei é o coração" (Tribesmen of Gor)

“Apenas usando a coleira, uma mulher pode ser realmente livre” (Tribesmen of Gor)

“Talvez o mundo apenas fale a aqueles que estão preparados para ouvir” (Beasts of Gor)

"É muito comum que os calmos e inocentes sejam exterminados. Nisso há uma lição: que não é prudente se ser calmo demais, nem inocente demais. Não se sobrevive entre lobos se tornando um cordeiro. Isso seria só um atalho para a destruição" (Savages of Gor)

“E talvez, deva-se ser racional, sem se ser fraco. Na verdade, a fraqueza não é a maior irracionalidade?” (Beasts of Gor)

“Homens fortes simplesmente precisam de mulheres. Isto é algo que os fracos jamais entenderão. Um homem forte precisa de uma mulher a seus pés que seja verdadeiramente dele. Menos do que isso nunca o satisfará.” (Explorers of Gor)

“O mundo não pode ser um lugar solitário se houverem duas pessoas que sejam amigas” (Beasts of Gor)

“As mentiras mais perigosas são as que contamos para nós mesmos” (Vagabonds of Gor)

“Como alguém pode saber a resposta para uma pergunta que não ousa fazer?” (Explorers of Gor)

Priest Kings

O sistema de Castas



Antes de nos referirmos aos Priest Kings, é importante entender que, como explicado em Tarnsman of Gor, o sistema de castas da contra-terra é um dos três pilares da cultura Goreana (os outros são a homestone e a instituição da escravidão). A casta considerada pelos Goreanos como sendo a mais alta e de maior prestígio é a casta dos Iniciates, que são os “sacerdotes” de Gor. Esses homens são respeitados pela grande maioria dos Goreanos porque supostamente tem, em alguns momentos, autorização para falar pelos Priest Kings. São chamados em alguns momentos de “os interpretes da Vontade dos Priest Kings”. Os Iniciates mantém grande discrição em relação às suas atividades:



“Questões religiosas nesse mundo tendem a ser cuidadosamente guardadas pela Casta dos Iniciates, que permitem aos membros de outras castas pouca participação em seus sacrifícios e cerimônias.” (Tarnsman of Gor)

Existem algumas orações feitas aos Priest Kings, que são as vezes memorizadas por Goreanos, o que não é muito comum porque essas rezas estão escritas em old gorean, um idioma cultivado pelos Iniciates mas que não é falado em geral no planeta. Parece haver certa resistência dos Scribes em relação à casta dos Iniciates.



Mesmo os Iniciates sendo respeitados como são, representando a Casta mais alta em Gor e obtendo lugar de destaque no Conselho, os Priest Kings, embora sejam um mito muito difundido e temido em Gor, os Goreanos não tem informações precisas sobre sua existência.





A Lenda dos Priest Kings



“Havia uma parte da população que adorava o sol, mas isso era insignificante, em número e em poder, comparado com a adoração aos Priest Kings que, fossem o que fossem, recebiam as honras de divindade. Deles, parecia, era a honra de serem considerados os mais antigos deuses de Gor e em tempo de perigo, uma oração aos Priest Kings poderia escapar dos lábios dos homens mais valentes.

‘Os Priest Kings,’ disse meu pai, ‘são imortais, ou a maioria acredita que sejam.’

‘Você acredita nisso?’ eu perguntei

‘Eu não sei,’ disse meu pai. ‘Talvez eu acredite.’

‘Que tipo de homens eles são?’ Eu perguntei.

‘Não se sabe se eles são homens,’ disse meu pai

‘O que eles são?’

‘Talvez deuses.’

‘Você não está falando sério, está?’

‘Eu estou,’ ele disse. ‘Uma criatura imortal, de imenso poder e sabedoria não deve ser chamada assim?’

Eu fiquei calado.

‘Minha especulação, no entanto,’ele disse, ‘é que os Priest Kings são homens na verdade – homens como nós, ou organismos humanóides de algum tipo – que possuem ciência e tecnologia muito mais desenvolvidas do que a nossa, como sendo homens do século vinte, é para os alquimistas e astrólogos das universidades medievais.’ (Tarnsman of Gor)




A Força dos Priest Kings



FLAME DEATH - Priest Kings parecem ter métodos interessantes para controlar a vida dos Goreanos em alguns aspectos. Eles se interessam particularmente pela tecnologia. Em Gor, a medicina e a tecnologia agrícola, por exemplo, são bem avançadas, mas o desenvolvimento bélico e de meios de transporte e comunicação a distancia inexistem. De tempos em tempos alguém os constrói, mas essa pessoa é destruída, queimando no ar. A isso se dá o nome de FLAME DEATH (morte em chamas) e os Goreanos entendem que quem detém esse poder são os Priest Kings.



Voyages of Acquisition – A tecnologia responsável pelas naves que capturam pessoas da terra e as levam para Gor, acredita-se, serem controladas pelos Priest Kings. Os Goreanos Mortais não tem controle ou responsabilidade alguma por isso.



The Barrier – É dito que os Priest Kings moram nas montanhas Sardar e que nenhum homem nunca retornou de lá. Para chegar próximo à morada dos Priest Kings um homem deve abandonar seu Tarn pois esses animais simplesmente não passam de um certo ponto das montanhas. Isso é comprovado no segundo livro da serie na seguinte passagem em que Tarl sobrevoa as montanhas Sardar em seu Tarn.



“O pensamento de que Sardar não fosse habitada abandonou minha mente, pois houve evidencia dos Priest Kings!

Parecia que o pássaro era perseguido por uma fera invisível.

Eu não via nada.

Os olhos do tarn, talvez pela primeira vez em sua vida, estavam cheios de terror, um terror cego, incompreensível.

Eu não via nada.”(Outlaw of Gor)




A VERDADE SOBRE OS PRIEST KINGS



A trama do terceiro livro da série recebe o nome de Priest Kings of Gor. Nesse livro é solucionada a maior parte dos mistérios que envolvem os Priest Kings.




Quem são os Priest Kings?



Os Priest Kings de Gor não são homens, como previsto por Matthew Cabot no primeiro livro. Porém, são realmente seres de cultura muito mais avançada que a dos Goreanos. Tem a aparência de grandes insetos. Tem uma capacidade cerebral muito superior à humana. São culturalmente muito mais avançados.




Os Priest Kings são imortais?



Não, mas vivem por centenas de anos.




São os Priest Kings realmente responsáveis pela Flame Death?



São. Essa é a maneira deles de assegurar-se que os Goreanos vivam sob controle dos Priest Kings.




Porque os Priest Kings controlam a tecnologia Goreana?



Observação. Os Priest Kings controlam e observam o comportamento dos Goreanos. Retirando deles certos aspectos da tecnologia, como as armas de grande poder e os meios de transporte mais potentes eles os obrigam a encontrar mais facilmente sua essência.




Porque os Priest Kings levam seres humanos até Gor?



Exatamente para estudá-los, compreendê-los. Uma vida de centenas de anos para seres de alta capacidade intelectual exige pesquisa.




Possível Interpretação



A existência dos Priest Kings nos livros da série possibilita ao autor uma justificativa ao fato dos Goreanos serem privados de certos tipos de tecnologia, sendo as mais importantes, a bélica e a de transporte e comunicação à distancia.

Negando aos homens tais avanços, John Norman tem a chance de escrever sobre o ser humano em sua essência, pois, sem que possamos recorrer a armas potentes, por exemplo, dependemos muito mais de nossa própria força e coragem para alcançar nossos objetivos. O homem, despido da tecnologia, permanece imerso em um ambiente mais igualitário. Sendo assim, vence o mais forte e não aquele que tem mais recursos. Um dos elementos fortemente presentes na Filosofia Goreana é a “meritocracia”, que só é possível em um sistema igualitário em certos aspectos. Os Priest Kings podem ser interpretados como elementos criados para expor os personagens dos livros a esse sistema.

CIDADES DE GOR NA TERRA

Quando a filosofia subjacente a obra de John Norman, tendo encontrado eco no modo de ver e de sentir de homens e mulheres por todo o mundo, tornou-se um estilo de vida os goreanos passaram a reunir-se em grupos segundo sua localização geográfica e suas interpretações particulares sobre diversos aspectos da prática goreana. Seguindo a tradição da ficção que deu origem ao estilo de vida os grupo naturalmente passaram a se denominar “cidades goreanas”.
Assim, uma cidade goreana é um grupo de pessoas comprometidas com o goreanismo que tem em comum a mesma interpretação da prática do estilo de vida goreano.

A formação de uma cidade se dá, desta forma, pela reunião de dois ou mais goreanos com uma postura semelhante sobre a prática goreana e só faz sentido depois de haverem alguns goreanos se reunindo.
As cidades podem diferir entre si em diversos aspectos tais como:
- A ênfase dada aos diferentes aspectos filosóficos
- A fidelidade aos detalhes culturais dos livros como trajes, nomes de alimentos, etc.
- A quantidade de termos originais utilizados
- A exigências específicas sobre os membros de cada cidade.
As diferentes cidades têm diferentes níveis de compromisso com a filosofia goreana em oposição ao compromisso com a forma descrita nos livros. Um exemplo deste tipo de diferença envolve a posição das cidades com relação ao se aceitar nas cidades os kajius (escravos homens). Outro exemplo diz respeito ao poder decisório das mulheres (escravas ou livres) nas questões administrativas da cidade.
Com relação à fidelidade aos detalhes culturais algumas cidades por exemplo limitam a vestimenta das kajiras às previstas nos livros enquanto outras permitem às kajiras o uso de trajes alternativos.
O uso dos termos goreanos é outro aspecto onde as cidades podem divergir. Algumas utilizam tantos termos no idioma original quanto possível enquanto outras se detém menos neste ponto em particular. Outras ainda buscam nacionalizar a maioria dos termos. Um risco na nacionalização dos termos é, entretanto, cair na incoerência de se traduzir os termos originais do inglês e preservar os termos em “goreano” como bosk, kalana ou mesmo kajira.

Finalmente, sobre as exigências específicas sobre os membros há cidades que impõe restrições sobre seus membros tais como não aceitar goreanos casados sem a ciência da esposa, ou de não aceitar kajiras com perfil switcher. Espera-se entretanto que todas as cidades recebam como membros efetivos somente goreanos.
Se tantas são as diferenças entre as cidades é importante compreender que as semelhanças devem ser mais importantes que elas. Neste sentido as cidades goreanas têm obrigatoriamente de concordar no essencial sobre a filosofia que as torna efetivamente goreanas, a saber:
- A crença nos papeis naturais de homens e mulheres onde se crê que o papel de dominação é naturalmente masculino.
- A crença na verdade individual, na transparência e no respeito seja por outros mestres, pelas kajiras pelas mulheres livres goreanas e pelo direito de escolha dos não goreanos.
Outro aspecto importante que deve ser compreendido é que a formação de uma cidade não pode preceder, seja em tempo ou em importância, à formação dos próprios goreanos ou se correrá o risco de que se formem grupos que apenas se auto-intitulam goreanos sem o necessário conhecimento da obra de John Norman e das práticas reais goreanas.
No Brasil algumas poucas cidades goreanas estão se formando porem nem todas são reconhecidas como goreanas pelas outras, isso em geral se deve a opções filosóficas ou práticas que as descaracterizam como goreanas.

Existem ainda grupos que se utilizam de práticas goreanas junto a outras práticas de forma a descaracterisa-los como genuinamente goreanas. Nada há contra o uso de práticas goreanas por não goreanos uma vez que o conhecimento sobre as mesmas está disponível para quem quer que se disponha a estudar as Crônicas da Contra-Terra mas é preciso entender que o uso de práticas goreanas sem o compromisso com a filosofia central não torna um indivíduo ou uma cidade goreanos. Ser goreano é uma filosofia de vida e não simplesmente um fetiche, envolve escolhas e o abrir mão de escolhas incoerentes com a filosofia. Não se pode ser goreano e libertino por exemplo.

Para concluir cabe dizer que um goreano não pode ser ou fazer o que quiser sob o risco de cair em contradição com a filosofia goreana. Ao optar por ser Goreano um homem, ou mulher, esta abrindo mão de outras coisas, é uma escolha. É por isso que se costuma dizer: “Gor não é para todo mundo”. Eu conheço vários casos de pessoas que tentaram ser goreanos e desistiram. Isso não é demérito para ninguém, apenas quer dizer que tal pessoa não se adaptou ao padrão goreano.

CASTAS EM GOR

No universo goreano J. Norman criou uma organização social baseada em castas. As castas são grupos de homens de mesma atividade profissional ou atividade afins. Desta forma existem castas de Mercadores, de Medicos, de Engenheiros, etc… A cada uma é atribuída uma cor e um código de ética que tem valor de lei para os membros da casta se sobrepondo, muitas vezes as leis locais.
As castas são divididas em dois grupos high caste (castas altas) que geralmente governam as cidades e as low caste (castas baixas) que agrupam todas as outras castas. A casta de uma casa define o nível de formação que os membros da casa recebem. Assim há o “first knowledge”, que é o conhecimento de senso comum que a maior prte da população do planeta tem, e há o “second knowledge” uma forma de conhecimento mais erudito e científico que é privilégio das high castes.
As high castes são cinco, a saber:


Inciates – Os sacerdotes da religião mais adotada em GOR qeu é o culto aos “Priest Kings”. Sua cor é o branco.
Scribes – Os cientistas, magistrados, e acadêmicos. Sua cor é o azul.
Fisicians – Os médicos, psicologos, e profissionais da saúde. Sua cor é o verde.
Buiders – Os engenheiros de todas as especialidades e contrutores. Sua cor é o amarelo.
Wariors – Os guerreiros, soldados sejam do estado ou mercenários. Sua cor é o vermelho.

Todas as outras castas são low castes embora algumas como os Merchant (mercadores) e os slavers (mercadores de escravas) sejam castas de grande poder que por vezes governam indiretamente as cidades.
Embora exista a possibilidade de um homem mudar de casta bastando para isso mostrar habilidades compatíveis com a casta destino e ser aceito pela mesma, tais mudanças raramente ocorrem porque os Goreanos em geral são orgulhosos de sua casta não importando sua posição.
Esta última questão é, a meu ver, a mais importante do ponto de vista da filosofia goreana. Eu vejo que toda esta estrutura na literatura tem o objetivo de mostrar que o homem deve ter orgulho do que faz, de quem é, que deve ser sincero consigo mesmo buscando a sua verdade em todos os aspectos da sua vida. E, uma vez que tenha encontrado esta verdade, não deveria se preocupar com a visão da sociedade sobre o que faz ou sobre o que é, antes viver a sua própria escolha com alegria e orgulho.
Finalmente, em nível do estilo de vida goreano o uso de castas seria perfeitamente dispensável se a filosofia por traz das castas for assimilada, entretanto se tornou tradicional entre os que adotam o estilo de vida goreano escolher uma casta de acordo com sua atividade profissional ou de suas aptidões.

John Norman

John Frederick Lange Junior nasceu em 1931, em Chicago, Illinois. Ele é casado com Bernice L Green e tem três filhos. Atualmente leciona filosofia em uma universidade nos Estados Unidos.

Em 1963 recebeu o título de Doutor em filosofia pela Princeton University.

No final dos anos sessenta, sob o pseudônimo John Norman, escreveu o primeiro livro da série ambientada no universo GOR, conhecidos também como as crônicas da contra-terra.

A série conta com 26 livros publicados.
Na internet é fácil encontrar comentários sobre um 27º livro, ainda não publicado, chamado Prize of Gor.

Os livros são considerados obras de ficção científica, mas é inegável que a narrativa carrega em si uma filosofia que valoriza a natureza e sugere que homens e mulheres possuem diferenças, não apenas biológicas, mas tais que definem que a liderança é natural ao homem, assim como a submissão é natural da mulher.

Como resposta de alguns grupos feministas e do movimento “politicamente correto” nos Estados Unidos, as editoras que publicavam os livros de John Norman, após serem perturbadas por protestos e boicotes, removeram os livros de John Norman das livrarias e interromperam a publicação destes títulos.

Com o avanço da internet, algumas pequenas editoras voltaram a publicar os livros, porém de forma bastante limitada.

O que é GOR?

- LITERATURA



Essa pergunta admite várias respostas porque GOR não se limita a uma única compreensão. A forma mais simples de responder talvez seja dizendo que GOR é um mundo de ficção, criado pelo filósofo e escritor John F. Lange, sob o pseudônimo de John Norman. Nesse planeta ele ambienta sua série de 26 livros conhecidos também como “As Crônicas da Contra-Terra”. Em GOR, a escravidão é instituída e bem aceita como um dos três pilares da sociedade. As escravas Goreanas são conhecidas como kajiras e pertencem, sem qualquer reserva ou condição, a seus Mestres.



Os livros de John Norman não estão mais sendo publicados. Nos Estados Unidos, a editora de John Norman sofreu grande pressão de grupos feministas e vários boicotes até falir por completo. Com medo de terem o mesmo fim, os editores passaram a rejeitar essas obras. A ilusão da liberdade de expressão na América foi desmentida por esses eventos. Há uma frase de John Norman bastante conhecida: “Não é preciso queimar os livros se os impedimos de serem publicados”.





- GRUPOS GOREANOS



Os leitores, fascinados pela idéia e pela filosofia contida nos livros, criaram grupos em diversos países. As sociedades Goreanas têm crescido e se espalhado pelo mundo em três formatos:



Algumas delas são puramente virtuais e realizam sua existência apenas em salas de Chat onde a liturgia Goreana é a regra obrigatória. Isso é chamado de “On-line Gor” e é um ótimo meio para se aprender um pouco mais sobre o tema (ainda que de maneira superficial). Alguns grupos reais também vivem como em um jogo, aplicando regras, tais como se apresentam nos livros, em seus encontros. Esses (tanto os virtuais quanto os reais) constituem o primeiro tipo de Goreano, chamados de ROLE PLAYER (JOGADOR).



É comum que alguém que realmente se interesse pelo assunto busque, mais cedo ou mais tarde, um aprofundamento filosófico. Isso só se dará com a leitura e análise dos livros. Existem então, para esse fim, grupos destinados ao estudo da FILOSOFIA.



Por último teremos os LIFESTYLERS, que aplicam a Filosofia Goreana a sua vida cotidiana e muitas vezes em seus grupos fechados.



Esses três formatos admitem combinações e, embora dificilmente um Filósofo seja um Role Player, é bastante comum que haja algum tipo de Role Playing entre os Lifestylers, em maior ou menor quantidade, dependendo do grupo. Muitos Filósofos aplicam o que aprendem na sua vida, passando de estudiosos a Lifestylers também. As classificações servem apenas para facilitar o entendimento sobre três tendências. Porém sabemos que essas tendências, na vida real não são puras. Existe uma certa mobilidade entre os estilos.





- A QUESTÃO DO MÉRITO ENTRE GOREANOS E OS TIPOS DE LEITORES



O tempo de experiência com Gor não necessariamente fará de alguém um grande conhecedor. Muitas pessoas podem permanecer em grupos não muito exigentes sem nunca compreender ao certo as implicações da Filosofia Goreana.



Uma pessoa pode ter lido vários livros da série Goreana sem nunca entender o que eles refletem. Existem dois tipos básicos de leitores: Os que lêem por entretenimento apenas e os que buscam compreender o que há por trás da história (observando o contexto histórico, a biografia do autor, o simbolismo intrínseco do livro e o uso de ironia, por exemplo). O leitor filósofo deve ver sempre além das palavras e situações descritas. O importante não é a história que se apresenta, mas o que ela quer dizer de forma mais global, como obra, crítica social e representação de certa forma de se ver o mundo.



Um exemplo clássico onde as pessoas se confundem muito frequentemente diz respeito a uma das bases inegáveis da Filosofia Goreana. Uma das grandes preocupações de John Norman é a de expressar que Homens e Mulheres são diferentes, não apenas na biologia. Existe uma natureza masculina e uma feminina. A masculina é a de liderança. A feminina é de submissão (resumindo-se muito apenas para concluir). Para argumentar em favor dessa teoria, John Norman permite em seus livros a existência de mulheres livres e de escravos. O objetivo é demonstrar que o ser, fora de seu lugar natural é incompleto. As mulheres livres nos livros frequentemente têm em si grande frustração por não terem a seu lado uma figura masculina forte para conduzi-las. Um ótimo exemplo disso é a Tatrix de Tharna, Lara, que governa a cidade, mas sonha com um homem que a domine. Quando Tarl (personagem condutor da saga) parte, Lara o pede para que se algum dia ele tiver interesse em ter uma escrava, que ele se lembre dela, a Tatrix de Tharna.



Assim como em livros de José de Alencar, por vezes o casamento por interesse é descrito, apenas para que possa ser criticado, nos livros de John Norman, as mulheres livres e os escravos existem para que fique claro que isso não condiz com a natureza e por tanto gera frustração. Assim como seria um mal entendido se pensar que José de Alencar é a favor de casamentos por interesse apenas porque os retrata em seus livros, seria também um erro se imaginar que porque existem as mulheres livres e os escravos na literatura de John Norman, que isso está sendo incentivado. Por isso vejo que grupos Goreanos reais não deveriam nunca perder de vista que na Filosofia de John Norman, Dominação é lugar masculino apenas, e que quem serve deve ser sempre do sexo feminino. Quem pensa diferente, tem todo o direito e deve ser respeitado, porém nem escravos nem dominadoras cabem como aplicação da Filosofia Goreana.





- O RESPEITO ACIMA DE TUDO



Um conceito muito presente nos livros é o de sinceridade sobre o que se é e sobre nossas próprias limitações. É comum a mensagem de que devemos nos conhecer e respeitar a nossa essência. O bom e velho clichê do “Seja quem você é” parece estar presente no Goreanismo. Penso que isso implica em se aceitar não somente nossa essência, mas também a forma de ser de quem nos cerca.





- SOBRE A AUTORA



O texto acima teve inspiração em muitos outros textos que li sobre GOR, mas como não existe imparcialidade total, por mais que tentemos obtê-la, é importante dizer que este, e qualquer outro texto meu sobre GOR não é e nem pretende ser palavra final. Sobre mim, me considero Goreana por me identificar muito com a filosofia. Gosto da ritualística e a entendo como peça chave na parte mais fetichista de GOR. Porém, para mim, GOR é muito mais do que um fetiche, e quanto mais me aprofundo na leitura e crítica, mais entendo a complexidade e abrangência dessa filosofia. Sou submissa e masoquista, mas também estudante de letras (Inglês) com ênfase em Literatura e Lingüística e minha paixão por GOR vai bem além dos campos do fetiche. Penso que John Norman e os grupos que abraçaram GOR, sejam Role Players, Filósofos ou Lifestylers, fazem parte de um movimento de contracultura que nasceu em resposta aos excessos do feminismo e a uma criação que, em muito, poda a essência masculina. As mulheres sofrem outro tipo de pressão, que é o da independência forçada, que as tornam, cada vez mais, seres assexuados. Vejo nessa “libertação obrigatória” da mulher muita frustração. Desejo fazer a minha parte para que os homens possam se assumir como tal e para que as mulheres não vejam a feminilidade como algo que impede ou contraria o sucesso. Havendo opção e respeito, seja qual for a forma de pensar, cada um faz suas próprias escolhas. Ser bem sucedida é ser quem você é, e não uma escrava do sistema.



Well wishes!