:: Barbara Riegler ::

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CIDADES DE GOR NA TERRA

Quando a filosofia subjacente a obra de John Norman, tendo encontrado eco no modo de ver e de sentir de homens e mulheres por todo o mundo, tornou-se um estilo de vida os goreanos passaram a reunir-se em grupos segundo sua localização geográfica e suas interpretações particulares sobre diversos aspectos da prática goreana. Seguindo a tradição da ficção que deu origem ao estilo de vida os grupo naturalmente passaram a se denominar “cidades goreanas”.
Assim, uma cidade goreana é um grupo de pessoas comprometidas com o goreanismo que tem em comum a mesma interpretação da prática do estilo de vida goreano.

A formação de uma cidade se dá, desta forma, pela reunião de dois ou mais goreanos com uma postura semelhante sobre a prática goreana e só faz sentido depois de haverem alguns goreanos se reunindo.
As cidades podem diferir entre si em diversos aspectos tais como:
- A ênfase dada aos diferentes aspectos filosóficos
- A fidelidade aos detalhes culturais dos livros como trajes, nomes de alimentos, etc.
- A quantidade de termos originais utilizados
- A exigências específicas sobre os membros de cada cidade.
As diferentes cidades têm diferentes níveis de compromisso com a filosofia goreana em oposição ao compromisso com a forma descrita nos livros. Um exemplo deste tipo de diferença envolve a posição das cidades com relação ao se aceitar nas cidades os kajius (escravos homens). Outro exemplo diz respeito ao poder decisório das mulheres (escravas ou livres) nas questões administrativas da cidade.
Com relação à fidelidade aos detalhes culturais algumas cidades por exemplo limitam a vestimenta das kajiras às previstas nos livros enquanto outras permitem às kajiras o uso de trajes alternativos.
O uso dos termos goreanos é outro aspecto onde as cidades podem divergir. Algumas utilizam tantos termos no idioma original quanto possível enquanto outras se detém menos neste ponto em particular. Outras ainda buscam nacionalizar a maioria dos termos. Um risco na nacionalização dos termos é, entretanto, cair na incoerência de se traduzir os termos originais do inglês e preservar os termos em “goreano” como bosk, kalana ou mesmo kajira.

Finalmente, sobre as exigências específicas sobre os membros há cidades que impõe restrições sobre seus membros tais como não aceitar goreanos casados sem a ciência da esposa, ou de não aceitar kajiras com perfil switcher. Espera-se entretanto que todas as cidades recebam como membros efetivos somente goreanos.
Se tantas são as diferenças entre as cidades é importante compreender que as semelhanças devem ser mais importantes que elas. Neste sentido as cidades goreanas têm obrigatoriamente de concordar no essencial sobre a filosofia que as torna efetivamente goreanas, a saber:
- A crença nos papeis naturais de homens e mulheres onde se crê que o papel de dominação é naturalmente masculino.
- A crença na verdade individual, na transparência e no respeito seja por outros mestres, pelas kajiras pelas mulheres livres goreanas e pelo direito de escolha dos não goreanos.
Outro aspecto importante que deve ser compreendido é que a formação de uma cidade não pode preceder, seja em tempo ou em importância, à formação dos próprios goreanos ou se correrá o risco de que se formem grupos que apenas se auto-intitulam goreanos sem o necessário conhecimento da obra de John Norman e das práticas reais goreanas.
No Brasil algumas poucas cidades goreanas estão se formando porem nem todas são reconhecidas como goreanas pelas outras, isso em geral se deve a opções filosóficas ou práticas que as descaracterizam como goreanas.

Existem ainda grupos que se utilizam de práticas goreanas junto a outras práticas de forma a descaracterisa-los como genuinamente goreanas. Nada há contra o uso de práticas goreanas por não goreanos uma vez que o conhecimento sobre as mesmas está disponível para quem quer que se disponha a estudar as Crônicas da Contra-Terra mas é preciso entender que o uso de práticas goreanas sem o compromisso com a filosofia central não torna um indivíduo ou uma cidade goreanos. Ser goreano é uma filosofia de vida e não simplesmente um fetiche, envolve escolhas e o abrir mão de escolhas incoerentes com a filosofia. Não se pode ser goreano e libertino por exemplo.

Para concluir cabe dizer que um goreano não pode ser ou fazer o que quiser sob o risco de cair em contradição com a filosofia goreana. Ao optar por ser Goreano um homem, ou mulher, esta abrindo mão de outras coisas, é uma escolha. É por isso que se costuma dizer: “Gor não é para todo mundo”. Eu conheço vários casos de pessoas que tentaram ser goreanos e desistiram. Isso não é demérito para ninguém, apenas quer dizer que tal pessoa não se adaptou ao padrão goreano.